Nas últimas semanas, o
ortopedista Marcelo Ruck, do hospital Santa Casa de Mauá, constatou um aumento
de casos de condromalácia patelar, principalmente em mulheres. A patologia é
degenerativa e consiste em um desgaste da cartilagem do osso da patela - que
fica na região frontal do joelho - também conhecida por rótula, que funciona
como uma polia e permite a flexão e a extensão.
De acordo com o especialista, essa deterioração
está ligada ao sedentarismo, ao excesso de peso, às atividades físicas de alto
impacto sem orientação (como por exemplo, subir e descer degraus, saltar
e agachar), a traumas, o desalinhamento do joelho e idade. “O problema é mais
comum nas mulheres em razão de fatores estruturais, já que os joelhos femininos
posicionam-se mais para dentro. Além disso, as alterações hormonais e,
até o uso de salto alto, podem contribuir para o aparecimento da
condromalácia”, explica o especialista.
A condromalácia patelar pode atingir quatro graus:
no primeiro com dor e inchaço, além de uma sensação de raspar ou de areia; no
segundo, aparecem lesões na cartilagem; no terceiro grau, as lesões aumentam e
podem ultrapassar 1,5 centímetro de diâmetro e, no quarto grau, a cartilagem já
está bastante danificada e o osso exposto.
Nem sempre a doença é sintomática, mas quando os
sintomas aparecem podem ser intensos e variar conforme o grau e o nível de
esforço ou repouso. Entre os principais sintomas estão as dores, inchaços e estalos.
Ao sentir os primeiros sintomas é importante procurar um especialista.
O diagnóstico é feito por meio de exames clínico e
de imagem e o tratamento visa evitar a progressão da doença. Algumas das
recomendações são anti-inflamatórios, compressas, analgésicos, fisioterapia,
fortalecimento, infiltrações, uso de joelheiras e suspensão das atividades
físicas. Nos casos mais graves, a cirurgia pode ser recomendada.
“O fortalecimento deverá ser focado na região do
quadríceps para redistribuição do impacto e maior estabilidade do joelho.
Porém, é importante evitar as amplitudes de grandes flexões para impedir a
evolução da doença”, orienta o médico Marcelo Ruck.
Mudanças de hábitos também são importantes, como
evitar ficar longos períodos com o joelho flexionado, fazer alongamentos e, ao
permanecer muito tempo sentado, é importante levantar e caminhar, além de
evitar os degraus, manter o peso corporal adequado e fazer compressas de gelo.
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